«A Renascença da Magia Moderna: Recuperando Poder e Identidade»
No cenário em constante mudança da magia moderna, a prática já não está mais limitada a subculturas secretas ou mal compreendidas. Hoje, a magia está passando por uma poderosa renascença, especialmente entre mulheres e grupos marginalizados, que estão redescobrindo a arte da feitiçaria tanto como prática espiritual quanto como forma de resistência contra normas sociais.
Essa transformação é evidenciada pelo crescente número de pessoas que se identificam abertamente como bruxas nos Estados Unidos. Um estudo do Pew Research Center revelou que mais de um milhão e meio de pessoas agora praticam feitiçaria de forma aberta. Esses praticantes incluem uma diversidade de perfis, desde sacerdotisas wiccanas até curandeiros voodoo e “bruxas de cozinha”, cada um interpretando a magia de acordo com suas experiências pessoais e identidades.
A renascença da feitiçaria pode ser vista como uma resposta cultural a um mundo cada vez mais patriarcal e materialista. Para muitas bruxas modernas, a prática da magia é uma forma de romper com os papéis de gênero tradicionais, restaurar o equilíbrio e recuperar o poder pessoal. Como mostra a artista Frances Denny em seu projeto «Major Arcana: Retratos de Bruxas na América», a feitiçaria muitas vezes se torna uma jornada pessoal de autodescoberta e empoderamento, especialmente para mulheres que buscam se libertar de estruturas patriarcais.
Apesar desse renascimento, a feitiçaria ainda enfrenta estigmatização. Muitas bruxas modernas encontram desafios legais e sociais, e algumas tiveram sua identidade de bruxa usada contra elas em disputas judiciais. No entanto, em um mundo que muitas vezes rejeita aqueles que fogem dos moldes tradicionais, as bruxas modernas continuam a encontrar força em sua arte e no apoio mútuo.
A renascença da magia, assim como as próprias bruxas, recusa-se a ser limitada por expectativas convencionais, evoluindo para um movimento multifacetado que molda uma nova era de espiritualidade e empoderamento pessoal.